quarta-feira, 26 de setembro de 2007

o que fazer se vc é vítima de violência???


Achei essas dicas no site do SOS CORPO, achei q valeria a pena colocar aqui.


Reproduzimos abaixo algumas orientações da OrganizaçãoPanamericana de Saúde para mulheres em situação de violência:

Algumas medidas de segurança pessoal para a mulher que está em situação de violência intrafamiliar/domésticaEstas medidas podem lhe proteger da violência:

1-Fale a respeito da violência que você vem sofrendo para uma pessoa de sua confiança - amiga, parente, vizinha ou conhecida. Este pode ser o primeiro passo para sair da situação violenta.

2-Combine com um/a vizinho/a de sua confiança para que ele/a busque ajuda se ouvir algo anormal ou estranho em sua casa.

3- Se o enfrentamento com seu/sua agressor/a parece inevitável, procure ficar em um cômodo do qual você possa sair com facilidade. Evite a cozinha e os banheiros.

4-Procure manter-se afastada dos lugares onde possa haver armas ou objetos cortantes, como facas, peixeiras, garfos, espetos etc.

5- Identifique quais são as melhores portas, janelas e escadas para sair de sua casa sem risco. Se possível, pratique e experimente suas rotas de fuga.

6- Memorize números telefônicos importantes de pessoas para quem você pode ligar para pedir ajuda em caso de emergência.

7-Estabeleça uma palavra como sinal para usar com seus/suas filhos/as, sua família, amigos/as e vizinhos/as quando você precisar de ajuda de urgência ou quiser que chamem a polícia. Se seus/suas filhos têm idade suficiente, ensine-lhes os números dos telefones de emergência - polícia, bombeiros e SAMU - e como e quando usa-los.

Ninguém tem o direito de lhe bater ou ameaçar

8- Faça uma cópia e guarde em um lugar seguro fora de casa os documentos legais que você considera importantes como, por exemplo: documentos de identificação pessoal, certidões de nascimento de seus/suas filhos/as, documentos de propriedade da casa, certidão de casamento, certificados de vacina, receitas médicas etc.

9- Mantenha também guardado fora de casa, em um lugar seguro ao qual uma pessoa amiga ou parente de sua confiança possa ter acesso, as evidências de agressão que você tenha, tais como: fotos, declarações médicas e dos serviços de saúde, boletins de ocorrência policial.

10- Se possível, deixe também uma cópia de sua casa, roupas para você e suas crianças e um pouco de dinheiro. Se essas coisas estão guardadas fora de sua casa você não terá que regressar depois de ter escapado de uma situação de emergência.

11- Pense na possibilidade de ir a uma casa abrigo, hospital,polícia, igreja ou a qualquer lugar público onde esteja rodeada de gente.

12-Decida com antecedência para onde irá se tiver que abandonar sua casa e faça um plano para chegar a este lugar.

13-Troque as fechaduras e os cadeados das portas se você ficar em casa e seu/sua agressor/a teve que deixar a casa por decisão da justiça ou por comum acordo com você.

14- Lembre-se que você não está sozinha e que os profissionais de saúde podem lhe ajudar.

15- Fale com as agentes comunitárias de saúde, com as enfermeiras e médicas/as e conte-lhes o que você está passando. Pergunte-lhes sobre os serviços que existem em sua cidade para ajuda-la a sair da situação de violência -delegacias, centros de referência, casas-abrigo, grupos de mulheres etc.


Você pode imprimir essas informações e guardar em um lugar seguro e acessível apenas para você. Lembre-se, entretanto, que estas informações poderão ser úteis para outras mulheres, a quem você pode repassá-las se desejar

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


A antiga idéia de que o delinqüente era um estranho que se esconderia numa rua escura vem mudando sua face, e à luz observa-se feições bastante conhecidas, como familiares e amigos.A hipótese de que o ambiente familiar, pelas ligações afetivas, protegeria seus membros mais vulneráveis, tem se mostrado bastante falha. Os atos de violência têm sido muito freqüentes dentro dos lares causando prejuízo individual, familiar e social.
O termo “doméstico” faz referência às pessoas que convivem no ambiente familiar como esposa, marido, filhos, pais, avós, tios, primos, até empregados, agregados e visitantes esporádicos.
Existem quatro formas de violência intrafamiliar:
- A violência física ocorre quando alguém causa ou tenta causar dano por meio de força física, de algum tipo de arma ou instrumento que possa causar lesões internas, externas ou ambas.
- A violência psicológica inclui toda ação ou omissão que causa ou visa a causar dano à auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa.
- A negligência é a omissão de responsabilidade de um ou mais membros da família em relação a outro, sobretudo àqueles que precisam de ajuda por questões de idade ou alguma condição física, permanente ou temporária.
- A violência sexual é toda ação na qual uma pessoa, em situação de poder, obriga uma outra à realização de práticas sexuais, utilizando força física, influência psicológica ou uso de armas ou drogas.
Os casos registrados em todo o país, em Delegacias, Conselhos Tutelares, Hospitais e Institutos Médico-Legais são apenas um alerta; não revelam a verdadeira dimensão do problema. As estatísticas mostram que a incidência de violência doméstica tem sido considerada maior em usuários de drogas e álcool e está presente nos diferentes grupos econômicos.
As pessoas violentadas podem apresentar comprometimentos psicológicos, físicos, sexuais, interpessoais, espirituais... Podem carregar marcar para o resto da vida o que comprometerá todo o seu desenvolvimento futuro.


É necessário perder o medo...


Conselhos Tutelares, Delegacias, Ministério Público, são órgãos onde se pode denunciar. A demora muitas vezes, estimula a ocorrência de violência subseqüente, pois o agressor cada vez mais usa de argumentos para inibir sua vítima. Tome uma atitude diante da primeira ocorrência, pois caso não faça, a segunda sempre acontecerá. Não espere mudança de atitude, porque violência é sempre indicativo de falta de respeito pelos que estão ao seu redor.



Vanessa Cavalcanti de Torres – CRP 02/11.856
(Psicóloga Graduada na UNICAP, com Curso de Capacitação em Psicologia Hospitalar no NEAP e Pós-graduada em Saúde Mental na UFPE).

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

GÊNERO


Para entendermos o que são relações de gênero, começaremos a explicar uma diferença fundamental entre dois conceitos: "sexo" e "gênero". Somente a partir dessa diferenciação é que poderemos diferenciar o que habitualmente entendemos como relativo ao âmbito da natureza e ao da cultura é que poderemos reconhecer a importância sócio-cultural e histórica em tudo que mulheres e homens fazem, em tudo que é esperado delas e deles. também reconhecer a possibilidade de mudança e alteração em suas relações através do tempo e de acordo com as transformações existentes nos variados grupos sociais.
Quando falamos em sexo estamos nos referindo aos aspectos físicos e biológicos do macho e da fêmea, aquelas diferenças que estão nos corpos de homens e mulheres e que não mudam radicalmente, apenas se desenvolvem de acordo com as etapas da vida das pessoas. O sexo determina que as mulheres têm vagina e os homens têm pênis, que depois de certa idade as mulheres começam a menstruar e os homens a ter ejaculação, que somente depois de certa idade começamos a ter pêlos no corpo e que estes se distribuem de modo diferente nos corpos de homens e mulheres e que a gravidez só ocorre no corpo das mulheres.
Portanto, sexo refere-se a um conjunto de fatores biológicos e gênero a um conjunto de fatores sociais e culturais.
Para exemplificar, podemos dizer que no Brasil e no Oriente Médio, sexualmente os homens e as mulheres são iguais, no entanto as relações de gênero que se estabelecem nestes dois lugares são extremamente diferentes. Ressaltando-se que as relações de gênero não variam apenas de um povo para outro culturalmente diferente, dentro de uma mesma sociedade, elas mudam de acordo com a classe social, com a raça e com a idade. E por isso que a situação das mulheres é muito diferente entre si, mesmo que todas vivenciem um certo grau de opressão e discriminação.
A palavra gênero vem sendo utilizada com o propósito de se fazer ou desconstruir a ligação entre as mulheres e a natureza e, assim, viabilizar, a igualdade entre homens e mulheres. Assim, o conceito de gênero está fundamentando a luta das mulheres e já reflete importantes avanços alcançados em matéria de educação, trabalho, saúde, auto-estima e participação social.
Por fim, é importante ressaltar que a desconstrução das desigualdades baseadas nas diferenças sexuais é um projeto que faz parte do movimento pela consolidação dos Direitos Humanos e para que se construam condições para o pleno exercício da cidadania para todos e todas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O que é a Rede de Mulheres???



Olá, estamos iniciando com uma proposta nova em Pernambuco: Criar uma Rede de Mulheres do Interior de Pernambuco, onde possa lutar pelos nossos direitos, buscando um futuro melhor para todas as mulheres.

Percebemos que geralmente as ações são muito voltadas para a região metropolitana, e geralmente o interior é esquecido e muitas vezes, até menosprezado, como se não tivesse condições de ter nada mais a ofereçer.

Estamos aqui para mostrar que esse tempo passou e que as mulheres do Interior do estado estão se articulado em busca de um futuro melhor.

Estamos somente no inicío, sabemos que termos uma longa luta pela frente!!!!
E quem quiser se juntar a nós é só mandar um e-mail, e seja bem vinda!!!!